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A Zequinha vai ao Japão


  Tô Bão ! 

Foi de repente a decisão. Aliás era eu quem já ia ligando para o Wetto, em 30/12/2008, e chamar ele e a Janaína para estrearmos, reinaugurarmos o Edwaldo no sábado, 03/01/2009. Só que enquanto eu e Rose, brincávamos com a Laura e fazíamos alguma coisinha no final de tarde, o Wetto ligou e chamou para passar o ano no Japão, Carmópolis de Minas, todo mundo já sabe disso, pelo tanto que já viajamos prá lá. E fomos, de Faustina !

Fora ter sido a viagem mais longa da Laura, pois estamos acostumando ela a viajar e aumentando as distâncias a cada vez, foi tudo rotineiro. Mas, por sorte, tive paz durante a viagem, pois a Rose dormiu no banco de trás, embalada ela e Laura pela chuvarada, e com isso não reclamou da toada. Continua em teste de aquecimento o motor da Faustina, e continuará por anos. É um carro que roda pouco, e as conclusões vão chegando devagar.

No sítio do Geraldinho, já lá no Japão, continuou a rotina. Chega-se, descarrega-se o carro, que dessa vez foi a única novidade. Novidade não a descarga, mas a quantidade de bagulho. Viajando só com a Rose era duro pela coiseirama, agora com a Laura..., já tô acostumando. Depois é comilança e bebeção. Até cerveja tomei um tanto, mas bão mesmo são as coisas que D. Leila faz, melhor marcado pelo pão de queijo. Pão de queijo da roça, mineiro, legítimo. Num é essa porqueirada que se acha por ai não.

Perto da meia-noite começam o foguetório, e o Chico começa a querer dar trabalho. A gota d'água foi o Geraldinho jogando estalinho no João. Até que foquete o Chico tolera parcialmente, mas aqueles estalinhos de salão ele tem pavor. Num sei onde foi que arrumou esse trauma, pois quando pequeno na casa do meu pai até latia e avançava nos foguetes. Deve ter sido durante o adestramento, mas isso num tem jeito de ficar livre mais. Nessa do estalinho, voa o Chico prá fora do sítio, procurando refúgio do estampido. Eu vi ele adiantando e me dizendo isso, só que tive que dar assistência à Rose com a Laura. Resultado ?! Cadê o Chico ? Peguei a Faustina e fui para a estrada procurar ele. Sabia que ele vendo o carro voltaria, pois conhece barulho de motor e de buzina de todos os nossos carros velhos. E voltou mesmo, só não chegou. É que abriram um boteco numa casinha antiga, quase na frente do sítio do Geraldinho. E foi prá lá que ele correu. Ao ver a Faustina, deve ter voltado alucinado com os estalos, e eufórico com a possibilidade de entrar na Faustina e sumir daquele lugar barulhento. Nessa nem viu, e acabou caindo num buraco. Foi o dono do boteco que viu eu e Wetto procurando algo e avisou que tinha um cachorro dentro da fossa. Da fossa !? Putamerda ! Deve de estar um lambrequeu danado o Chico. Acho que vou ter que jogar ele fora, no lixo. Fua até a fossa, e vi ele lá dentro, tentando sair. Pena que não tinha a máquina de retrato na mão. Disse ao Wetto que iria guardar a Faustina antes de tirar ele de lá, pois se tirasse ele primeiro, iria sujar a Rural demais. Fiquei aliviado de ver o Chico dentro do buraco, primeiro porque tinha achado ele. Ele iria voltar de qualquer forma, mas debaixo de muita chuva e à noite, poderia se machucar ou acontecer algo, como aconteceu. O segundo motivo do alívio foi o próprio buraco. É uma fossa séptica mesmo, dos banheiros do boteco. Só que furaram ela naquele dia, e nem usada tinha sido, pois os banheiros não estão prontos. Sorte ! Mas eu, Rose, Wetto e Janaína passamos o ano, bem à meia-noite dando banho no atentado, todo enlameado. E isso chovendo bastante, sabia que ao menos úmido o Chico iria dormir. Mas estourei minha Champanha Cidra, daquela boa e sem viadagem. Tomei sozinho, pois o resto do povo é meio enraçado com provador de vinho, aquele treim de São Melinheu, amém. Inclusive o Wetto tá enraçado com isso também. Ele não tinha frescuras antigamente, mas foi trabalhar com queijo, e dai, prá fazer de conta que entende de vinho também foi um pulinho. Se ficar por ai a frescuragem, dá para continuar aguentando ele.

No dia primeiro, primeiro de 2009, fomos cedo dar uma volta pela horta. Mostramos pés de coité, manga, goiaba e mais um monte de planta para a Laura ir aprendendo, ou no mínimo, ir absorvendo as energias. Mostramos também vacas, porcos e galinhas. É sempre bom uma volta pela horta de D. Leila. Depois disso fomos eu e Wetto procurar a coleira do Chico lá no barro, ao lado do buraco, pois ela tinha se soltado e ficado por lá no dia anterior. Por coincidência o Geraldinho e o resto da turma tinha decidido fazer o mesmo. Fomos prô boteco, e até tomei mais dois copos. Charmoso demais esse boteco, instalado numa casa velha com uns 80 anos, e cheio de improviso, como é na roça. Até bingo cortesia valendo três latas de cerveja teve. Simplório, autentico e da roça, do jeito que gostamos.

Voltamos lá pelas 4 da tarde, numa viagem tranqüila e só um alguns leves aquecimentos da Faustina. Afinal ela tinha meio litro de óleo dois tempos no tanque, ajudando amaciar e não esquentar.

Seguem essas fotos dessa outra ótima visita ao Japão, a nossa Carmópolis de Minas.

Até a próxima,

02/01/2009

          Walter Júnior - B. Hte. -

waltergjunior@uai.com.br  

walter.junior@ig.com.br

 

 
A chegada. Comilança e bebeção, no rabo do fogão.

 

As quatro com "L". Luana, Laura, Leila e Lady

 

O sossego do sítio do Geraldinho

 

Passeio na horta. Já disse antes: É pomar, mais nóis da roça, prefere horta.

A Laura conheceu pé de coité, vaca, porco e galinha.

 

Um passeio pelo jardim da D. Leila.

  


A fossa do Chico. A escada foi o Wetto quem colocou na noite anterior, prá guindar ele lá do fundo.

 

O interior do boteco. Autenticidade... Olha a peça do telhado, quase na cabeça do Geraldinho.

 

Detalhe da janela do boteco. Dormir nessa casa deve ter sido difícil,

mas para boteco fica bonito demais. Boteco de roça, bem lembrado.

 

Gostou muito do boteco ? Ele está à venda. O DDD é 37.

 

Maria Fogueteira !... Não para hora alguma. Andar de Jeep é bem mais fácil que domar esses bichinhos...

 

Parada técnica para troca de fralda. A Faustina ajuda até nisso !

Ela também é um confortável trocador de fraldas móvel.