Edwaldo - Fotos da reforma

Iniciada em 30/10/2006, e ainda em andamento !... e terminada em 28/12/2008.

 

Uma das últimas fotos dele montado. Nesse dia, começamos a desmontagem.

"Não acredito que é o Edwaldo..."

A Rose assustou ao ver ele semi-desmontado. 

Falta retirar poucas coisas e trocar o volante, pelo "Babão". 

O Babão é o volante reserva, o mesmo que usei na Faustina durante

a reforma. Se chover, ele pinga um caldo preto e baba. Dai o nome.

  O carreto, prá variar, é do Olavo. É dele o taxi que sempre carrega meus carros.
 

Estava muito ruinzinho o Edwaldo, coitado. Mesmo assim, trabalhando.

 

Fratura completa na longarina direita. Ela estalou muito pouco, só nos últimos Km rodados.

 

Assoalho dianteiro direito, e as travessas, todas podres

 

O caminhão da Corema Andrade, emprestado pelo Zé Carlos. Ele sempre quebra meus galhos...

Isso ai é o chassis do Edwaldo, peladinho...

 

Os jumelos, feitos aqui no quintal. E agora reformados..., aqui no quintal.


O Jairo, dando a geral no chassis desmontado. Mesmo com tanto capricho, ainda sobra alguma terrinha.

O amigo e um dos melhores torneiros que conheço, Ildeu Aguiar, adaptando rolamentos no braço do pino de centro.
Ele insistiu para eu fazer isso, mas hoje sou só meia colher de torneiro. Não arrisco com ajuste de rolamento.
 

O Jairo, sempre presente às empreitadas. Ou será presepadas ?

 

Paulo Porto rebocando o chassis do Edwaldo para a pintura, com seu Jeepinho 55, preto fosco. 

É um CJ3B o Jeep dele, conhecido como Jeep 54, ou Jeep Cara de Cavalo, 

verde escuro fosco,  que de tão escuro ficou quase preto. 

O CJ3B foi fabricado somente em 1953 e 1954, mas estranhamente, esse do Paulo é 1955 no documento.

A turma do Jajá. O Waldomiro ainda não tinha começado lá. O Edwaldo foi o teste dele.
.

O restolho do assoalho dianteiro. Virou sucata !

 

 

A caixa de ferramentas, recuperada, montada e alinhada.

Queimadura na mão do Waldomiro, o lanterneiro do Edwaldo. É esse caboquinho gente boa, que posa ao

lado do Edwaldo. Essa foto foi após um mês e meio do acidente. Foi feita pelo capô do Edwaldo, que prendeu

a mão dele, quente, vermelhinho... O Miro não vai esquecer o Edwaldo jamais. Alguma marquinha vai ficar de lembrança


Nem acredito que é o Edwaldo!... Foi o que a Rose falou, assustada quando viu ele.
Agora é tirar a carroceria novamente, desmontando tudo para pintar por baixo.

Mas está ficando bom o serviço. Dá para ver o capricho, no estampo "Jeep", que não levou fundo algum, 

para não ir embaçando e entupindo, como alguns que vejo cheios de massa entre as letras.

 

A Rose lembrando: "A última vez que fui à uma oficina, foi para ver a Faustina, e compramos o Edwaldo".

E eu retruquei: "Aqui dentro, que interessa, é só a Wanderleia, a Jeep Station Wagon 52 do

Marcos Eustachio!...", que também está na Oficina do Jajá



O Jairo, retocando motor e caixas.
 

A preparação da carroceria para a pintura por dentro. Por dentro e por baixo, esmalte sintético mesmo.



A pintura por dentro pronta



A carroceria montada no chassis. Começa a preparação para pintar por fora.
 

Agora é só jogar tinta !... Por fora vai tinta poliuretânica, a tal PU.
 

O Marcelo, o pintor do Edwaldo.
Falta a pintura por fora, e catar alguns defeitinhos. Mas está ficando bonito o serviço.


O Edwaldo pintado, preso na cabine de pintura. Não agüentei e entrei lá para ver !



O Waldomiro e o Marcelo, o lanterneiro e o pintor do Edwaldo.
Se está ficando muito bom o serviço, a culpa é deles.

Se está demorando muito o serviço, a culpa é deles também.


O cuidado na montagem do capô. Fita crepe para não arranhar a pintura.


O Edwaldo, já com a pintura terminada, em 06/09/2007. 

Provavelmente na segunda, dia 10, ele vem para casa.
O Waldomiro e o Marcelo, o lanterneiro e o pintor do Edwaldo, aparecem em segundo plano, logo atrás.
A Wanderleia, a Jeep Station Wagon 52 do Marcos Eustachio, e o Idelgiro, o  meu Fuscão, também !


Terça, 11/09/2007, dia de eclipse parcial do sol. Dia bonito! Levamos o Edwaldo para casa.


O Olavo e o Jairo, encarretando o Edwaldo novamente na prancha taxi do Olavo.
Mais uma vez ele ficou importante andando em cima da prancha. Igualzinho pobre andando de taxi...


A turma  do Jajá se despedindo do Edwaldo. Me pareceu que vão ficar com saudades dele.
Mas ele volta lá, depois de montado. De mim é que eles não ficam livres muito facilmente.


A Faustina puxou ele para dentro, de marcha lenta. 

Foi para retribuir o dia em que ele fez o mesmo por ela, 

quando ela voltou toda desmontada para casa. 

E o Edwaldo  também puxou ela, de marcha lenta !...


Depois de mais de 10 meses fora de casa, volta para o seu cantinho na garagem.
 Acabou minha folga. Agora tenho essa encrenca para brincar !


Borracha espumada na tampa da caixa de marchas. Pode parecer frescura extrema, e é mesmo.
A importância maior dessa borracha não é vedação, mas sim o silêncio.
Essa tampa é danada para fazer aqueles barulhinhos que deixam a gente doido...
 

A antena já está no lugar. Também, como é que vou funcionar o Edwaldo sem ela ?...


O quadro do vidro tinha ficado para trás, pintando. Busquei ele ontem, 18/09, e já coloquei no lugar.

Agora posso abrir o capô sem medo de arranhar. A borracha do travessão foi trocada. Ai sim,

é para vedar. Não quero chuva entrando por ela, nem por lugar algum.
  

 

A montagem da tampa da caixa. Essa é uma das coisas mais chatas de se fazer em um Jeep.

Achei que seria fácil, pois pedi ao Waldomiro Lanterneiro para soldar porcas na carroceria, retirando as

originais de 1/4" que estavam ruins. Lembro da boa vontade dele quando cheguei com as porcas e já

estavam todas no lugar. "Tinha umas ai !", disse o Miro. Só que por inocência minha nem conferi as porcas.

O Miro, por não saber, misturou metade das novas porcas de 5/16" com outras de 8mm. Trabalhão,

aumentado depois que quebrei um parafuso na porca com rosca errada. Tive que rosquear novamente

as porcas erradas e limpar as certas com um macho. Mas já está tudo no lugar...

 

  

25/09/2007, e toma mais borracha espumada!...
Essa é na tampinha traseira, para não dar barulho. Ela não abre, por causa do suporte do galão e estepe na traseira.


O suporte e o banquinho traseiro coloquei juntamente com o Jairo. Impossível de colocar isso sozinho.


O pára-brisa no lugar. Já tínhamos polido ele em 08/08/2007, e estava pronto para a montagem.

O polimento foi da mesma forma que os vidros da Faustina. Com politriz de feltro e um abrasivo finíssimo,

próprio para esse fim. Só que os vidros de carro são temperados, e mais custosos.
Mas o resultado compensa. O Manoel e o Jairo sempre chamam a politriz de meretriz.

Esse trocadilho é pertinente... Servicinho fiedazunha de cansativo para fazer.


O retrovisor interno teve o peso de seus 32 anos aliviado. Ganhou pintura e espelho novos.
Os limpadores de pára-brisa também já estão funcionando. Começo hoje, 06/10/07 a

montar a elétrica. Estranho isso,  né ? Mas os limpadores são o esquerdo à vácuo e o direito manual.

Não gastam bateria para funcionar, e sim gasolina e feijão, respectivamente.
  

O chicote do Edwaldo está completo e funcionando, quase completamente original. Somente umas

poucas intervenções foram feitas. Era só voltar com ele para o lugar, quero dizer, voltar com esse ninho

de Guaxo para o lugar. Chicote solto é uma zona danada!... Mas vou instalar uma caixa de fusíveis,

para maior segurança. Jeep e Rural não a possuem originalmente. Alias, são carros muito toscos,
sem uso de plástico quase nenhum. Dá para ver a madeirinha que apóia os conectores da seta e o rele

de pisca. É madeira !  Se fosse hoje, diriam que pela ABNT, amparada pela DIN e SAE, essa peça

só poderia ser confeccionada em ABS de alto impacto, com aditivação anti-chama e anti-ultra violeta.

E estão certos. Carro hoje é todo de plástico. Pegam fogo muito facilmente. Jeep e Rural não !


Este ai foi o lugarzinho que achei para melhor instalar a caixa de fusíveis.
Preferi colocar ela dentro do carro. Não gosto muito como costumam instalar, na parede corta fogo, dentro

do cofre do motor. Umidade não combina com eletricidade. Fogo não pega de jeito algum,

mas vem a oxidação e dai os mal-contato para aborrecer a gente...
 

O Xande reformando os bancos dianteiros. Estavam bons, e precisavam só de uma boa limpeza.
Mas os danados dos bordados foram cortando o courvin, então foi melhor trocar as faixas.
Aproveitei e inventei de trocar os encostos de cabeça. Os do Tipo que estavam montados eram feios demais...

 

O Jairo e o Manoel, pintando a armação dos bancos dianteiros. Foi o Xande quem

inventou de fazer isso. Desmontou os bancos e me entregou as armações para lavar e pintar.
A primeira idéia não era pintar toda as armações, mas sim só a parte externa. Ficou mais bem feito assim !



Estava com idéia de fazer outro porta-luvas, em MDF. A vontade era aumentar um

pouco o tamanho. Mas o do Edwaldo já é maior que o normal, então resolvi só

trocar o revestimento interno e dar uma reforma nele. Ficou muito bom !
 

A tampinha do porta-luvas no lugar, já regulada e completa.

    Gasta-se um bom tempo limpando e lubrificando as peças, como por exemplo a tranca.

O peso de 20 Kg veio de Diamantina, da horta da Tia Antonieta Mota.

É muito antigo, do tempo em que estavam construindo a estrada de ferro lá. Estrada esta

que hoje nem existe mais. Ele é só enfeite aqui em casa, mas está ajudando a "viciar" a borracha

da tampa da caixa de ferramentas, pois coloquei uma borracha "brava" demais.



Lanternas e faróis já no lugar. A bacia d'água também não pode faltar. Vacilei e deixei a bomba sem

água nos 10 meses que o Edwaldo ficou fora de casa. As gaixetas secaram e

estão vazando. Vou tentando salvar esta bomba ! O porta-luvas também já esta pronto, já com o 

módulo da ignição eletrônica preso à ele. E que fique bem claro: Ignição Eletrônica Assistida.

Não dispenso o platinado. Com isso, terminei o chicote elétrico do lado direito.

Tinha separado ele em direito e esquerdo, para facilitar qualquer manutenção.


As emendas de faróis e farolete originais, guardadas como lembrança. Comecei a

fazer o chicote esquerdo, que é um pouco mais trabalhoso. Vai tudo sendo amarrado

com fita crepe, para ficar no lugar certinho quando enrolar.



Isso ai é a enrolação do chicote. Serviço triste, que de enrolação não tem nada. Doi dedo, mão, braço... Doi tudo !


O velocímetro teve o aro retirado e pintado, e aqui aparece já remontado. 

 

As ligações dos chicotes finalizadas, na nova caixa de fusíveis.

 

Sobra uma lixaiada danada. Pontas de decapagem de fios, fita crepe, pedaço de abraçadeira. Uma catadinha

e um aspirador fica tudo nos conformes. Com isso, em 22/10/2007 terminei todo o painel e a elétrica na frente.

Parece que o velocímetro está embaçado, não ? E está mesmo !
Velocímetro de Jeep tem mania de embaçar quando se acende as luzes. Depois desembaça sozinho.


Parece coisa rápida, mas na verdade gastei 2:10 horas colocando os acabamento dos faróis e

as lentes dianteiras. Tive que fazer as juntas dos faroletes, pois não achei delas prontas.
Os soquetes dos faroletes originais foram recuperados, não quis comprar novos, que nem tão

bons são assim. As lentes troquei por novas de vidro. As originais eram de acrílico,

muito boas, pois duraram 32 anos. Mas já estavam um pouco encardidas.



Com a instalação da chave de seta, terminei a montagem da elétrica na dianteira.
O chicote traseiro já está no lugar, mas faltam todas as lanterninhas lá atrás.
O chaveiro continuará o mesmo, esta cordinha verde, que o Gutty me deu em 2002.


O volante, original de fábrica, foi recuperado. Ele teve o pé cortado, provavelmente por causa

de alguma quebra, ocasionada por um rolamento de coluna ruim. Ia inteirar o pé dele,

mas preferi esquadrejar com a esmerilhadeira, limar, lixar e polir. Ficou novinho, brilhando,

e vou continuar usando o volante original de fábrica. Como o tubo da direção eu já tinha

recuperado e deixado um pouco mais comprido, a mola do rolamento não aparecerá.

Os outros dois volantes reserva vão continuar guardados. Eles são o Babão, que já está todo moído,

e o outro que ganhei do Marconi, novinho e completo, inclusive com a chave de buzina. Tudo original.
 

Hora de tirar a mamadeira do Edwaldo. Toma mais borracha espumada, no tanque e no assoalho.

No tanque é para tirar os barulhinhos, no assoalho para vedar água nas muitas travessias

de rio que virão. A borracha retentora do bocal do tanque também foi trocada.

 

    Para descansar um pouco, carrego pedra.... Também é um pé no, no, no... É um pé montar

essas coifas de alavanca. Não existem mais originais, e as paralelas melhores que se acham ainda

dão algum trabalho . Durante toda a reforma a alavanca de marchas do Edwaldo ficou com uma

pequena coifa em  cima da rótula. Foi o Paulo Porto quem colocou ela lá, para não cair água, pó

de massa plástica ou qualquer outra zig-zira na rótula durante a reforma da pintura. Nem eu,

nem o Paulo lembramos de que é essa coifa mais, pois ela ia para o lixo, cortada. Mas deve ser de

trizeta ou homocinética de algum carrinho novo. Como ela encaixou certinho na ponta da tampa da

caixa depois de aparado o corte que a sucateou, deixei ela lá protegendo a rótula da terra e

barraiada que estão por vir. Assim o embuchamento da alavanca irá durar mais.



A tomada do reboque. O Edwaldo não tinha ela, e eu guardava uma antiga,

herança de família, parada à toa. É uma tomada bem antiga, da década de 70 do século XX,

fundida em antimônio e fabricada na Czechoslovakia, país que nem existe mais. Também

vou colocar uma bola, no rabicho do arado. Assim fico com um carro com capacidade

de puxar reboque. E pode vir qualquer reboque !...


Aproveitei o feriado de 02/11 para colocar o banco do motorista e prender o tanque de gasolina.
O trabalho ficou por conta da borracha espumada embaixo do banco, para não ranger no tanque, e pelo 

acerto da furação. Teoricamente seria só colocar no lugar, mas mudei um furo de lugar, e abri outro que

não existia. No console e no banco direito não terei esses problemas. Gostei do encosto de 

cabeça novo. Terminei também toda a elétrica. Depois tento lembrar de fotografar a traseira pronta.



    Depois do banco no lugar, coloquei o volante de volta, já polidinho. A emenda no pé da coluna ficou ótima, e não mostra mais
a mola do rolamento. O pé do tubo da coluna tinha quebrado todo, por causa das travessas podres. A carroceria fica instável
e vai balangando tudo. Como a coluna está presa ao painel, quebram-se os dois, o tubo da coluna e o próprio painel. Na última viagem,
com a instabilidade da carroceria, quem quebrou foi o toca fitas. Ele estava com a traseira presa ao corta-fogo por meio deuma barra chata,
forte demais para o serviço. Os fios do toca-fitas estavam presos à barra chata com uma abraçadeira plástica. O corta fogo balançou tanto por
causa das travessas podres, que arrancou o fundo do toca fitas, e arrebentou todos os fios. Só dei conta disso quando o toca-fitas parou de funcionar.
Na olhadinha que dei, para ver o ocorrido, vi que o Edwaldo não tinha mais condição de trabalho do jeito que estava.
Mesmo assim ainda fez mais um passeio de despedida. Mas isso são águas passadas, vamos continuar a montagem. !....


    11/11/07, data especial, mais um ano de casados.
 Resolvemos dar uma volta no quarteirão com o Edwaldo. Amontoamos nós 4 e
fomos,
com a direção completamente desalinhada, sem placas, portas e retrovisores externos.

Eramos eu, Rose, Chico, e a Zequinha Novata, na barriga ainda. 

A Rose adorou andar no banquinho traseiro sem o dianteiro. Limo-Jeep. 

Ela também inventou de andar mais, ir até o posto calibrar pneus.

Achei longe... Se pegam, levam o Edwaldo desse jeito.
 

 

    Agora sim, ele já pode andar na rua. Retrovisores externos, portas e placas no lugar. Não coloquei a

placa dianteira nova ainda. Com a passação toda hora na frente do Edwaldo, acabo virando ela, que é de alumínio.

Já fiz isso uma vez com a Kombi, e sambei uma placa novinha. Essa placa dianteira vou guardar, pois sei que a

de alumínio nova não irá muito longe. Ai é só pintar a antiga, que é em aço, e colocar para rodar. Em 27/11

fui calibrar os pneus. 7,8,9,9,13 lbs/pol2 era o que tinha de ar nos 5 pneus, após mais de um ano parados.

A reforma do Edwaldo agora anda bem devagar, com o feriado e o problema do motor da Faustina ocupando o tempo.

Ele tem que retornar à Oficina do Jajá para catar alguns detalhes. Depois disso, monto Santo Antônio, banco

direito e a capota, o rádio e o PX. Demora um pouquinho isso, pois tenho que fazer os reforços

do Santo Antônio e duas caixinhas para mais dois alto-falantes.


 Em dezembro/07 e janeiro/08 só consegui fazer o Bip-Bip de seta (
mais detalhes) e as duas

caixinhas dos auto-falantes traseiros. Levei ele para consertar a descarga, quando foi feito um

tubo secundário novo. Também fiz válvulas de Celeron para a bomba de gasolina (mais detalhes).
Está uma enrolação sem fim a reforma do Edwaldo, inclusive com o Jajá demorando para os retoques finais

dele. Nunca tem lugar na oficina, e para inteirar a chuva não ajuda. Mas após o carnaval de 2008 ele volta à

Oficina do Jajá, e no retorno termino ele. Já tenho a definição dos pneus que serão usados também. Achava

que não conseguiria usar esses pneus nunca  mais. Chega de procuras e opções..., mas fica como surpresa.

 

 

Em 05/03/2008 o Edwaldo voltou dos retoques que foi fazer no Jajá. Ficou com a montagem parada de

dezembro/07 a março/08. Sobrou alguma coisa a ser feita, como a pintura da parte de baixo do chassis,

e calafetação da ponta dos reforços do assoalho. Fizemos isso em casa mesmo. Quero dizer... O Jairo fez isso !

Eu só ajudei. De qualquer forma, a montagem foi retomada.

 

O motor foi retocado pelo Jairo. Ele também pintou o preto da tampa de válvulas, do filtro de óleo e do

filtro de ar. Eles tinham pintura de fábrica, mas não estavam bons. Retirei a bacia amarela que cobre

o filtro de ar. Ela é um "guarda-chuva" para travessias de rios e até para lavar o motor.

A bacia está guardada, mas a borboleta de fixação dela está sempre pronta, presa em cima do filtro de ar.
Ao sair para uma viagem, a bacia retorna. Nunca se sabe o que está por vir...

 

Voltam os cintos de segurança para o lugar. Isso ai atrás do banco do motorista é o console do Edwaldo.

Fica entre os bancos dianteiros, e é onde vai fixado o rádio PX. Coloquei também os tapetes e

bandejas. As bandejas foram feitas no terreiro de casa, usando uma sobra de Paviflex, com padronagem
exclusiva em madeira de lei... Esse material é muito fácil de limpar, e ajuda muito nas viagens,

quando o interior do carro fica mais sujo que a estrada.


Re-adaptei o banco do passageiro. Coloquei de volta os ganchinhos do banquinho original,

e modifiquei o banco do passageiro para trabalhar com eles. Além de ficar bem

guardados os ganchinhos, eles permitem que o banco seja retirado facilmente.
Mas fácil para trabalhar em baixo do painel, ou mexer na caixa de ferramentas.

 

Ainda falta o Santo Antônio, que vai fixar as caixinhas acústicas novas. Mas coloquei o rádio,

somente com os auto-falantes dianteiros. Esse rádio é um FIC, PLL, que veio de fábrica

no Rogério, o Logus. Ele é excelente, e já pegou FM de Belo Horizonte prá lá de Diamantina.
Aquele toca-fitas Roadstar que tinha no Edwaldo foi-se. E foi-se na última viagem,

pois quebrou a traseira e arrebentou todos os fios, pelo balanço da parede corta-fogo solta.

As travessas de carroceria estavam mesmo podres, é só olhar as fotos lá em cima. 
Mas este Roadstar vai tarde... Não pegava rádio alguma de Belo Horizonte nem em Sabará.
Se fosse uma rádio mais fraquinha, não pegava nem estacionado na porta. Era ruim demais !

 

10 Rodas, 10 Pneus. Era o que eu tinha para o Edwaldo. 10 rodas empenadas, 10 pneus ruins.
5 vieram nele, e os outros 5 são do Gutty. Peguei as rodas com ele, para acabar com

o resto de pneu. Ele não fez preço de jeito algum, e o recurso foi catirar com ele. Dei um cortador

de frios Filizolla e um  ventilador Eletromar, azul calcinha e branco, para retribuir.

Tudo antigüidade funcionando. O ventilador então, uma gracinha !...

O carreto das rodas, para desempenar, foi feito na Joscelina, a Kombi.
Sobrou o Edwaldo para trás na garagem, sem condição de rodar.

Rodas desempenadas e pintadas, cubos e rodas-livre pintadas, pneus novos. Usei os Pirelli MT06 Militar.

Só que na medida 6.50x16, 10 lonas. Ficou bonito e original. O mais importante é que a Rose gostou,

afinal o Edwaldo é dela. Não imaginava de encontrar esses pneus nessa medida,

mas sempre quis usar deles. Achava que estavam fora de linha há muito e que eram  fabricados

somente os agrícolas desse tamanho. O Edwaldo subiu 45 mm na sua altura, o que indica uma diferença

de diâmetro de 90 mm entre os novos e os velhos pneus. Esses pneus não são tão altos. É que os 6.00x16

que estavam nele, eram recauchutados e estavam no fim de linha, dai tanta diferença.



Gastei 31 dias, começados no final de abril/08, para colocar a barra direta (mais detalhes)

na direção do Edwaldo. Muito tempo para um serviço que deveria ter sido feito no máximo em 3 dias.

Mas eu tenho direito de gastar tempo. Primeiro que carro velho para mim é diversão.

E diversão não combina com obrigação. Segundo porque a minha  Zequinha Novata nasceu no

início de maio/08 (mais detalhes), e tenho me dedicado à ela meu tempo livre, bem como o

meu tempo não livre, não sobrando prazo algum aos carros.

 

Com a barra direta montada, foi a vez do amortecedor de direção (mais detalhes).
Modifiquei o tipo e a fixação dele. Adaptação já não é muito boa prática, e resolvi alterar isso para melhorar o sistema.

 

Reinstalando o Santo Antônio... Fiz 24 calços de barra chata. 8 para baixo e 16 para cima.
Os 16 calços superiores foram feitos para afastar o Santo Antônio da nervura do pára-lama.
Os 8 calços inferiores são para aumentar a resistência da fixação no pára-lama, evitando que

rasguem, "curuiz-credo",  no caso de uma necessidade. Ah ! Esse óculos não é de

proteção não ! É o tal "óculos para descanso", pois a medida que gente vai ficando véio,

mais vai ficando com os "óio" nuviado !...




Os calços e arruelas pintadas. As duas chapas maiores são os reforços dos cintos de três pontos,

que dei uma guariba aproveitando o serviço dos calços. Muito bom ter esses calços prontos.

Traçar e furar eles não foi fácil. Não tem nada padrão. Cada furo tem uma medida de centro.
Esse Santo Antônio teve o flange de fixação furado  muito pelos cocos, e agora sofro eu. Todos os

calços foram tipados e tem somente uma posição de montagem.

Mas com isso montado esqueço o trabalhão que deu fazer esses calços.


Depois de mais de um ano e meio o Santo Antônio volta ao Edwaldo. Ele estava isolado depois

que foi pintado, para evitar arranhões. O serviço de adaptação das caixinhas acústicas

também foi feito com ele isolado, num cuidado danado. Tive que furar, sondar e passar

fios, e não estraguei ele nadinha. Ai para cima tem fotos da confecção e adaptação das caixinhas acústicas.


Os calços superiores e inferiores montados



Começa os enfeites. Agora vou montar as caixas de som traseiras.


Arruelas de borracha por baixo, e o encosto de PU na lateral. Não quero barulhinhos vindos dai.


A fixação das caixas. A espuma é para evitar que o conector bata lá dentro, além de fazer as caixas darem mais volume.
Isso eu aprendi com o Cláudio, PAzeiro de primeira, e um dos maiores especialistas em acústica do país.
Inclusive fiz todo esse serviço usando o treme-treme, o ferro de solda antigo que ele me deu de presente.


Os auto falantes montados, com e sem os acabamentos. São dois Selenium tri-axial de 5", com cone

de PP (Polipropileno) e 50W RMS, dos mesmos que usei na Faustina. Os dela só tem a cor diferente. 

Aquele bichinho peludo, deitado embaixo da caixinha de som é o Chico, tomando sol enquanto eu trabalho...



As caixinhas finalizadas. O som do Edwaldo melhorou extremamente. O Santo Antônio ficou
um pouco estranho com as duas caixinhas de lado, itens que não estou acostumado a ver por ali.
Mas colocando a capota no Edwaldo, nem lembrar delas vou mais. Aliás, lembro quando ligar o rádio.

 

Já se passaram três meses da instalação das caixas de som traseiras. Ando devagar com o Edwaldo, mas nesse tempo já
demos um trato na estrutura da capota. Nós não ! Esse serviço é mais mérito do Jairo. Eu só alinhei a estrutura, ele fez o resto.

 

Também instalei os cintos dianteiros de três pontos, que dão um trabalhinho para lavar, de molho dentro de um balde

e com os retratores amarrados para não molhar. Esse cinto é exigência da Rose, mas eu prefiro os sub-abdominais,

originais do Edwaldo, que não dão pancada na gente. Esse três pontos devem ficar melhores agora, com a redução da

sensibilidade deles.  Eles travavam demais, e davam porretada  no peito da gente direto. Foi o Geraldo da

RAP (www.rapcintodeseguranca.com.br) quem aliviou a sensibilidade. São eles quem mexem em cintos para mim.

 

Fiz também a abraçadeira da ponteira de centro, terminando com a mexeção na barra direta (mais detalhes)

 Agora é a vez das bandejas, os sobre-tapetes. O Edwaldo já tinha isso, e já estavam no lugar. Mas
não estavam 100%, já usadas por bastante tempo. Usadas não, cheias de experiência com as viagens.
Então, fiz bandejas novas, com o mesmo Decorflex, imitação de tábua corrida. Essa idéia é porque já tive desse
material aplicado em casa, e é ótimo para conservar limpo, do jeitinho que Jeep pede. Foi justamente a sobra daquele
Decorflex que usei para esse fim, quando compramos o Edwaldo. Como o que está dando certo não se mexe, comprei mais
do mesmo material, além de continuar com os tapetes com a exclusiva padronagem em madeira de lei... Barango legal isso !

   

Não disse que teria muitos enfeites? Hora da pintura do "Jeep" das laterais. Isso dá trabalho, se quiser que

fique bom. É um detalhe, que pesquisei para ver como era originalmente. Todos os Jeep Willys, anteriores à Ford

tinham isso pintado de preto, independente da cor do carro. Faltava a confirmação dos Jeep após 1970. Achei uma

revista 4 Rodas, de 1977, com o teste do Jeep com motor Vigorelli (Ford Geórgia 2.3 l OHC). Foi difícil visualizar,

mas consegui a confirmação desse detalhe. O "Jeep" da lateral é pintado de preto mesmo, em todos os Jeep's CJ5.

 

Continua os enfeites, já chegando bem perto do final da reforma do Edwaldo. Agora é a capota quem vai

voltando aos poucos para seu lugar. Mas não é tão rápido assim, e a Rose até já até previu que será perto de dois

anos a instalação da capota. Há muito tempo atrás, a capota foi "arrumada" para melhor adaptar ao carro. Era na

verdade a carroceria quem estava torcendo e arriando. Com tudo arrumado na carroceria, é hora de cortar e soldar

a capota. E descobri isso com tudo pintado... Fazer o que ? Arrumar ! Mesmo que devagar, pois: Se correr acaba !...

O reforço da lona, já instalado na armação da capota.

Um trato na lona, pelo lado de fora. Ela foi lavada pelo Jairo, pois estava marrom de terra.
Mas para voltar ao carro, tem que tomar uma cera por fora também. Depois com um lustro, fica nova.


Instalando a lona no seu lugar.


 
A capota pronta, por fora e por dentro. Ficou novinha ! Dá para ver o detalhe da caixinha de som, no Santo Antônio.

Numa breve pausa, coloquei a bola do reboque. Arrumei ela jogada fora, sucata, e foi só dar um
trato e montar no rabicho do "arado" do Edwaldo. Agora tenho um carro com capacidade de puxar reboque.
Mas o mais interessante da bola, é que ela é um fácil ponto de ancoragem, prá arrastar os amigos do atoleiro...

Com a capota pronta, resolvi arrumar a forração dos bancos, novamente. Tinha só trocado algumas faixas,
mas resolvi trocar toda a forração deles. Troquei também a carcaça do banco direito, muito torta e que não
deixava os bancos ficarem alinhados. Na foto abaixo dá para ver o tanto que a  carcaça do banco direito estava
torta. Com o banco pronto, tive que repintar ela, pois não estava com o mesmo acabamento do banco esquerdo

 

Os detalhes dos bancos, agora alinhados pela troca da carcaça direita, e também do console. Os bancos ainda estão
sem os encosto de cabeça. Particularmente eu acho muito mais bonito desse jeito, mas a Rose não. E quem manda é ela...

  

O rádio, preso ao console central. Fica muito na mão o PTT, com o rádio instalado dessa forma.


Em 28/12/2008, a instalação da vareta da antena foi o marco simbólico do final da reforma do Edwaldo. (Mais detalhes)


O Edwaldo pronto, novinho... Faltava só o encerramento.


A identificação do Edwaldo por fora.
Ele é batizado, lembram ? Já leram isso em "Com Música é Melhor", no link Histórias ?
Agora será só esse adesivo externamente, os dois das laterais dos paralamas não colocarei.
Vou deixar o estampo "Jeep" dos paralamas limpo, de fábrica, bonito.


O resultado final do adesivo da traseira.
Ficou igual antes, até com a capa amarela do sobressalente, ainda por colocar corretamente, esticada.
O pneu sem a capa é mais bonito, mas vou usar a capa de vez em quando. Ela é tradicional no Edwaldo.


Para compensar a falta dos adesivos nos paralamas,
coloquei um na tampa do porta-luvas, como fiz na Faustina.
Novamente foi a Rose quem descerrou o "Edwaldo".
Oficialmente terminado.



O resultado final do interior do Edwaldo.
Sem modéstia alguma ?!... Ele tá lindo, novinho, zero mesmo.
E confiável !