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Jairo na Serra da Piedade

       Tô Bão ! 

Já tínhamos feito trilha na sexta-feira. Isso ! Pleno dia de serviço. Eu e o Jairo fomos à Nova Lima, trabalhando, e com os enormes engarrafamentos na região do BH Shopping, por causa da chegada do feriado de 07/09, resolvi que seria melhor voltar por Sabará, mesmo com um bom pedaço de terra. Rendeira mais. E num rendeu foi nada ! Estávamos na Saveiro do Wetto Fumo, emprestada enquanto a pintura da Kombi fica pronta. Essa tem muito costume com terra, pois mora lá na roça, em Carmópolis de Minas. Até que a distância do caminho alternativo escolhido é a mesma, só que resolvi mostrar ao Jairo, a entrada dos Túneis de Sabará, entre os túneis 2 e 3. Dai prá subir a Serra do Curral do lado de lá, e sair do lado de cá, no Taquaril e Saudade foi um pulo. A estrada estava boa, com a ausência de chuvas, e foi uma "trilha" até tranqüila. O que atrasou realmente foi a chegada à civilização lá pelo Alto Vera Cruz/Saudade, que apesar de até mais perto que a opção do Anel Rodoviário, nos obrigou a atravessar a cidade toda de leste a oeste. E o trânsito não estava lá essas coisas. Se feito como previsto, pegaríamos o Anel Rodoviário lá do lado de Sabará, e o tempo seria menor, mas não iríamos ter tanta distração.

O Jairo gostou muito, surpreendido com o ângulo diferente da vista de Belo Horizonte. Já estava combinado um passeio no dia seguinte, à Serra da Piedade, e o Jairo era convidado a se juntar à tripulação corriqueira da Faustina. Era a primeira vez que o Jairo iria à Serra, e era ótima desculpa para testar a Faustina, depois do acerto dos avanços do distribuidor, e esgotados todos os recursos para ela não aquecer extremamente, como vinha ocorrendo. Somava-se à essa desculpa, o fato de ser o primeiro sábado do mês, e o Observatório Frei Rosário estaria aberto à visitação e observação. E ainda tinha mais a última desculpa: Lua cheia, nascendo às 18:44, mas eu sabia que ela seria visível só mais tarde, quando pulasse as nuvens constantes no horizonte. Então fomos, pois gostamos de andar de Rural até sem desculpa, com esse tanto então, seria até melhor. 

Combinamos com o co-Compadre Pitts e a co-Comadre Selma, mas por esquecimento da Rose o telefone ficou na Rural enquanto passeávamos, e terminou que nos desencontramos lá em cima. E passeamos bem, levando o Jairo, maravilhado com a grandiosidade da Serra da Piedade, segundo maior pico da cordilheira do Espinhaço, a conhecer só o que eu sempre lhe mostrava a mais de 50 Km de distância, daqui de Belo Horizonte. Para eu e Rose é passeio corriqueiro, mas nunca deixou de ser emocionante por isso. A Zequinha encontrou dois palhacinhos, um muito jovem casal, que tinham acabado de se apresentar lá em cima, acho que no teatrinho de arena perto do observatório. Estavam ainda com um resto de maquiagem, mas mesmo sem a caracterização completa, a felicidade dela foi garantida.

Desempenho da Faustina ? Foi bom, mesmo aquecendo um pouco além do normal na subida da serra. Mas lá é pedreira dura de subir mesmo, mas no resto da viagem a temperatura foi sempre normal. Agora só resta o amaciamento do motor, tendo eu feito todo o resto que é possível para sanar os aquecimentos demasiados. Eles na verdade não tinham uma causa só, mais várias, e sobrou só o amaciamento mesmo. O remédio ? Rodar com a Faustina, mais nada. De qualquer forma, fica declarado que ela tem condição de rodar até onde se queira, sem medo de queimar outra junta do tampão. Mas a presepada maior ela me reservou durante a volta. No trevo de Ravena, senti um cheiro de óleo queimado. Achei que era outro carro que passou, com motor relaxado, o que é normal de se encontrar. Mais à frente o mesmo cheiro, só que dessa vez tinha um carro atrás, iluminando com os faróis. Gelei ! A fumaceira estava era saindo da Faustina, e logo pensei no pior, como anel de segmento quebrado. Parei, verifiquei que os respingos no vidro traseiro não eram de óleo, mas sim vindos de uma árvore, que a Faustina tinha ficado estacionada embaixo uma semana antes. Fiz o teste do sensor Lâmbda, dando uma cheiradinha na descarga. Tudo normal. Vim embora sem entender, mas ao descer do carro, já dentro de casa, notei a pingueira de óleo, num rastro que ela deixava prá trás. Coloquei rapidamente na garagem, e um papelão embaixo. Já notaram que garagem de carro velho sempre tem papelão ? Aqui tem é muito papelão... Peguei a lanterninha da Faustina, e fui direto na cebolinha de óleo. Não estava aparentemente suja, então funcionei o motor. Vazou ! Ainda bem que vazou, pensei aliviado. Ai que notei a travessa da caixa suja, e o tubo de descarga também. Cebolinha de motor Willys furada vaza em cima da descarga, aprendi mais essa. Foram 700 ml que ficaram pelo caminho, e por sorte sempre ando com o óleo no nível máximo. Esse vazamento não chegou a levar o óleo ao nível mínimo, o que não acarretou nenhum problema ao motor. Coloquei uma cebolinha que tinha em casa, e fui ao posto abastecer. Consumo foi bom, com 7,9 Km/l, num trecho muito pesado, que é a subida da serra. E eu precisava dessa medida, pois no acerto do avanço, acabou que mexi nos calibres de carburador, também para evitar que o motor aqueça e grile nas subidas.

Seguem esses retratos. Notarão que o Jairo aparece mais que todos, mas foi de propósito. Ele vai ver o quanto eu vou cobrar dele uma cópia ! Brincadeira. Ele é amigo demais...

Até a próxima,

07/09/2009

 

          Walter Júnior - B. Hte. -

waltergjunior@uai.com.br  

walter.junior@ig.com.br 


    
Por do sol com os filhos...
A cúpula do telescópio principal aparece quase ao centro.



O Jairo gostou demais. E com razão...


O Santuário, o mar de montanhas...


... e o por do sol.



Os Palhacinhos... A Zequinha Novata nunca tinha visto palhaços de perto. Adorou !



Vista rara do Santuário sem carros em frente.
O estacionamento estava fechado, por causa de um evento.



O Cruzeiro iluminado com a noite já caindo.


A Zequinha Novata e o Chico. Se adoram !...


O telescópio principal do Observatório Frei Rosário.
Ele é o segundo maior telescópio do Brasil. O primeiro está no sul de Minas, em Brazópolis.

 

Fraudário Faustina, e o pessoal cantando, num pic-nic noturno, logo atrás.
Música de qualidade, ambiente familiar. Deu até vontade de ficar...