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Lá no Gutty

        Tô Bão ! 

A Zequinha Novata já tem quatro anos e meio, e tem experiência em viagens de Jeep. Até em cachoeira já foi. Mas o Zequinha Novato ainda não consegue andar muito tempo de carro. Fica impaciente amarrado à cadeirinha. Em viagens por terra até que podemos soltar ele no carro, à moda antiga. Vai lá para o porta-malas meninada. Mas o problema ainda é chegar na terra. A terra ainda fica longe prá chegar com ele. 

O recurso são viagens menores, à uma rocinha perto para um almoço em restaurantes caipiras, ou um sítio de amigos. Sábado fizemos uma viagem com a Faustina e família completa. Pertinho, uns 160 ida e volta. 

A Laura vai e me fala na saída. "A Faustina vai estragar. Na volta". Será que ela me arrumou premonições também ? Bem, tirando a atolada que dei dentro do sítio do Gutty, com direito a descida do barranco antes de agarrar o carro, a Faustina só estragou mesmo na volta, como a Laura tinha previsto. Começou a ratear, andando mal. O tanque estava baixo, mas tinham uns 20 litros ainda. A reserva dela é imensa. Mas pensei que poderia ser um problema qualquer no pescador, que não pega embaixo no fundo prá não vir sujeirinhas e, principalmente água. Tinham duas alternativas para o defeito: Ou não está puxando gasolina direito porque o tanque está baixo, ou... tem água no gicleur principal.

Chegamos num posto, já dentro da cidade. Coloquei 50 contos daquela gasolina cara, que deram 17,25 litros. Funcionei e tentei ir embora. Andou direitinho no início, mas num rodou nem meio Km e começou a ratear novamente. A centralina da Faustina pensou rápido, comandou o afogador que fez o motor firmar. Nisso ela processou os dados e descobriu que a mistura estava excessivamente pobre. Centralina boa essa. Mesmo sem sonda lâmbida consegue identificar com precisão uma mistura pobre. Quem dera um carrinho novo ter centralina com 0,0001% da capacidade da centralina da Faustina... :-)

Já que tem gasolina suficiente prá tampar qualque furinho ou ar que o pescador do tanque cisme de tomar, e com afogador puxado o motor firma, num dava outra. É água no gicleur principal. Toquei prá casa, pois na rodovia o suplementar do carburador abre, e a Faustina anda, e principalmente sobe, até direitinho. O martírio seria no transito urbano. A Rose perguntou porque eu não arrumava logo o carro, e eu dei a notícia triste: "Num tem ferramenta alguma na Faustina. A caixa está lá em casa...". Na Via Norte, que hoje chamam de Linha Verde, tentei consertar o defeito. Procurei um posto, uma borracharia, prá encontrar uma chave emprestada, sem sucesso. Entrando na Pedro I, logo após o viaduto da Vilarinho, acho um borracheiro aberto naquelas horas. Parei, o cara veio solícito achando que ia arrumar um pneu, e eu pedi uma chave de boca de 1/2" emprestada. "Num tenho não senhor". E 13 mm tem, perguntei. "Essa eu tenho". Peguei um pano emprestado, prá juntar a gasolina da cuba, e não brear o motor todo. Tirei o gicleur, assoprei, e montei ele no lugar. Fiz o serviço com cuidado extremo, devagar, pois é serviço difícil. Gastei quase 2 minutos na operação. Devolvi a ferramenta, agradeci, e carquei fogo no motor da Faustina. Tive que bombear o acelerador duas vezes enquanto virava o motor de arranque. Tinha esvaziado o carburador, lembra, né ? O motor pegou, firmou, normalizou e acabamos de chegar em casa. Moral da história: Tenha o kit básico de ferramentas no carro. Eu tenho chave de roda e mais uma chave de fenda, e o resto viaja na caixa de ferramentas. Mas tem que ter no carro uma chavinha de boca 9/16 x 1/2, e uma 7/16 x 3/8 a mais. Esse serviço era prá ter sido feito na hora que apareceu. Mesmo sendo difícil como é. Difícil prá quem, assim que nem que eu, precisa e num tem óculos à disposição. Fiz o serviço no tato. Facinho...

Prá compensar a falação de mecânica, e me desculpo com que não se interessa por isso, estão ai os retratos da aventura. Aventura que irá se repetir, quando formos novamente ao encontro dos amigos Gutty, Lilí e Luiggi.

Até a próxima,

22/09/2012

       Walter Júnior - B. Hte. -

waltergjunior@yahoo.com.br  

walter.junior@ig.com.br

 



Medindo o Zequinha Novato nos carros. Essa altura é importante, e será apreciada daqui uns anos


Os filhos no banco traseiro. O Chico já se acostumou com a companhia. Até dorme no colo da Laura.
O Artur com um dos últimos retratos do meu chapéu de palha, do carnaval de 1979, em Campo Belo.
Ele além de velho sofreu muito com pisões e assentadas no banco traseiro da Faustina.


Enquanto dorme, a viagem é muito tranquila. Depois que acorda, a impaciência aparece.



A Faustina agarrada no brejo. Foi drenado e a seca tá grande. Achei que aguentava a Faustina em cima. Errei...
Desagarrei ela com uma pedra, colocada na traseira esquerda que estava patinando. A dianteira num adiantava mexer, pois estava
mais funda, e ia me sujar demais. A meninada adorou, e comemoraram, achando que tinham realmente feito a diferença empurrando a Faustina.


Nesse retrato, o Gutty parece errou. Ficou altamente artístico.
Brinquedo ! Ele é bom de dedo no obturador. E como artista plástico, num duvido nada que esperou a hora certinha de disparar.
A Nina parece estar em um quadro. Mas as pernas da Rose e do Zequinha Novato aparecem logo em cima, na sombra do sobressalente dentro do portamalas.
A Nina é cadelinha do Luiggi, que de tão folgada preferiu sujar a Faustina por dentro, que ficar andando no brejo. Pulou lá dentro e ninguém viu.


Depois foi dar a volta pelo lado. Num ia tentar agarrar ela de novo, né ?


Brinquedo lá tem demais. É só olhar de longe, já que conseguem subir e descer sozinhos. Mesmo o Zequinha, pequenininho...


Tá grande, num tá ?
A Zequinha Novata e as poses na casinha. Temos lindos retratos dela ai. 


Não dá a altura da janela, mas consegue abrir e fechar.
Também é medida importante, prá daqui uns anos. Semana que vem, já que passa tão rápido...