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Manuel, o Audaz !

  Tô Bão ! 


Se eu já nem sei o meu nome
Se eu já nem sei parar
Viajar é mais, eu vejo mais
A rua, luz estrada pó
O Jeep amarelou
Manuel o Audaz, Manuel o Audaz, Manuel o Audaz
Vamos lá, viajar
E no ar livre, corpo livre
Aprender ou mais tentar
Manuel, o Audaz
Iremos tentar
Vamos aprender
Vamos lá...

                                                                      

Essa música ai em cima é Manuel, O Audaz, de Toninho Horta, mineiro de Belo Horizonte, e Fernando Brant, mineiro de Poços de Caldas. Conheço ela desde meus 18, 19 anos, e ainda não conheci quem escute e não goste. Conhecia duas versões: A primeira com Lô Borges, outro mineiro de Belo Horizonte,  e que foi gravada no LP de 1980 de Toninho Horta. Outra versão é com Jane Duboc, também gravada em 1980. Mas ambas são muito bonitas e bem arranjadas.

Ai vocês me perguntam: O que tem isso haver com Jeep e Rural? Tem tudo haver! É a única resposta possível.

Asistindo a TV há pouco tempo atrás, revi uma entrevista de Lô Borges à Chico Pinheiro. Chico Pinheiro jornalista, mineiro. Já tinha visto uma parte dessa entrevista muito tempo atrás, mas não a parte que assisti dessa vez. Nessa entrevista Lô cantou, conversou, e contou um pouco de história. Inclusive a história dessa música, história que eu não conhecia. 

Quem era Manuel? Foi grande a surpresa quando fiquei sabendo que Manuel era o Jeep Willys de Fernando Brant. E como todo Jeep, era Audaz. Mas qual Jeep não é audaz ? Acho que nenhum. Costumo dizer que se não colocar uma cangalha, fica muito fácil dele passar... Gostaria, mas não sei maiores detalhes desse Jeep. Só sei que quase todos do Clube da Esquina arriscaram uma voltinha nele.

Fiquei sabendo que Lô Borges, após uma apresentação aplaudida do início ao fim em Porto Alegre/RS, disse: "Mineiro é meio doido, faz música pra trem, pra Jeep". E foi uma doideira muito boa essa. Aliás doideiras boas e Jeep sempre andam juntos. 

Mineiro não fica atrás com doideira nenhuma. Temos também a mania de dar nome às coisas. Tá ai o exemplo do Manuel. Não vêem também o Edwaldo, que a Rose batizou? E a Faustina, que teve nome dado ainda zero Km, pelo antigo dono, outro mineiro de Dores do Indaá, ainda em 1962? Seguem o Raul, a Justina, a Wanderleia, o Idelgiro, o Alfredo, o Rogério, o Artur, e vai por ai...

Nessa só falei de mineiros, né ? Podem me acusar de bairrismo, que eu digo que estão sendo injustos. Minas tem muita coisa boa mesmo, mas Jane Duboc, que também é ótima, é paraense, de Belém. Segundo dizem, quando ela escutou essa música pela primeira vez, lembrou de um outro Jeep. Era o Jeep que tinha, e que usava juntamente com a mãe quando fazia shows em Natal/RN. Agora passeei pelo Brasil de norte a sul !

É sempre um prazer danado escutar essa música. Ainda mais agora, sabendo que homenageia um Jeep, só acrescenta mais charme à ela. Isso é para verem que quando a qualidade está presente, as coisas são eternas. Até música, que pela idade já pode até colocar placa preta.

Agora deixem-me ir. Tenho que ver como anda a pintura do Edwaldo. E plagiando só um pouquinho,...  Edwaldo, o Audaz !

     Um abraço,

 05/06/2007    

Walter Júnior - B. Hte. -
waltergjunior@waltergjunior.com  

waltergjunior@yahoo.com.br

 

 

Edwaldo, o audaz !