O Carro da outra Noiva

       Tô Bão ! 

Até que enfim chegou 12/04/2008. Não que eu estivesse incomodado com isso, mas esse casamento era um dos quais estava mais demorando.

E eu encarregado de fazer o carreto da noiva na Faustina, que ainda está com mania de aquecer o motor em subidas. A presença da Rose era dúvida, com o barrigão de 8 meses e meio. Mas deu tudo certinho, e saímos só nos dois na Faustina sábado cedinho para Carmópolis de Minas, para também apadrinhar o casamento do Ewerton e a Janaína. Os noivos moram aqui em Belorizonte, mas o Wetto é carmopolitano e a Janaína, campineira, já morou lá também. Estranho né? Carmopolitano é quem nasce no Japão. Deveria ser japonês... Mas acertadamente casaram-se em Carmópolis, muito melhor que aqui. O Chico ficou para trás nessa viagem. A Janaína até estranhou a falta dele, mas viagem rápida de vai e vem, ainda mais de casamento, não daria para ele ir mesmo. E ainda iria deixar algum pêlo na Faustina, que estava novamente impecável, para tamanha honraria.

Viagem tranqüila, rápida. Chegamos cedo, e deu até para fazer uma horinha andando pela cidade, e indo visitar a Janaína se preparando para o casório. Tudo à pé, com a Faustina esperando guardada na garagem da casa do Geraldinho. O Wetto, prá variar, esqueceu de nos deixar a chave da casa, mas com um telefonema para o sítio para xingar o atentado, resolveu-se tudo. "Vai prá casa do Dinho e da Eliane ai em frente. É minha prima!". Pronto, problema resolvido !

O Felipe, primo do Wetto, me trouxe um amarrado de latas. Gostei, pois não tive oportunidade de achar umas para manter a tradição. Amarrei tudo na Faustina, joguei as latas para dentro do porta-malas, e no meio do casamento saí e tirei as latas, empurrando tudo para baixo da Faustina, o que as deixou escondidinhas.

Hora do casamento, deixei a Rose na Igreja Matriz, e fui buscar a Janaína. Ela já estava prontinha, e, ansiosa para chegar logo, nem com muita paciência estava para as fotos. Eu nem ai, tem que fotografar mesmo. No meio do caminho que dei conta que estava cedinho demais, pois encontramos com a Eloísa, irmã do Wetto e também madrinha do casamento, ainda indo para a igreja. O recurso foi fazer uma horinha em uma rua ao lado, na sombra, na porta de um supermercado. Claro que se chama a atenção, um pião de terno, dirigindo uma Rural, com uma noiva dentro. E era todo mundo olhando, sem exceção. No início a Janaína até estranhou tantos olhares, mas se acostumou rapidamente. Saímos de lá após 5 minutos do horário marcado para o casamento, e em menos de um já estava na porta da igreja. Muito bom cidade do interior, com tudo perto e sem trânsito para amolar. Bom mesmo, e só não moro numa cidade assim porque não tem jeito. Mas quando mais velho, tomara que dê.

Casamento um pouco diferente do que estamos acostumados. O clima é diferente, e para melhor. Todos se conhecem, o padre conhece todos. Não tem aquela história de horário marcado, pressa sem fim, e depois de terminada a cerimônia, sempre há tempo para fotos dentro da igreja. E para os cumprimentos na porta, todos fazem questão de cumprimentar, dizendo palavras de benção e votos de felicidade. Muito legal.

Mas já estava na hora. Hora de levar os noivos à festa. E é claro que eu daria uma esticada maior na voltinha pelo centro da cidade. Com as latas batendo na traseira da Faustina, e um cortejo de mais de 15 carros buzinando atrás. A Rose fez até um filminho, que vou colocar à disposição. Todos saíam para ver, e muitos acenavam. Eu já estou acostumado com um tanto de assédio por causa da Faustina, mas confesso que essa vez foi para mais. Todos gostaram muito, e acharam diferente uma noiva em um carro velho. O normal lá é que a noiva vá no carro mais novo que conseguir. Só que a Janaína, jipeira casando com jipeiro, não faria uma dessa, preferindo um carrinho novo à um velho Jeep como a Faustina. E deu certo ! Todos gostaram muito.

Lembrei que o padre tinha perguntado à todos, no meio do sermão, o porquê de nossa presença. Eu retruquei na hora, com a Rose xingando. "Vim porque tem festa !..." Mas não deixava de ter um tantão de absoluta verdade a minha afirmação, pois não chegou a ser um legítimo casamento na roça, mas foi quase igual. Um festão interiorano em um sítio pertinho da cidade. Cardápio gostoso, comida boa, do jeitinho que eu gosto. Festa de verdade, bebida com fartura, para quem quisesse voltar bêbado. Aliás, na hora que viemos embora de volta, com o Geraldinho e D. Leila insistindo para que ficássemos até o outro dia, não tinha absolutamente ninguém muito são. Só eu, Rose e D. Leila é que estávamos completamente sãos. Mas tivemos que voltar. A Zequinha Novata tá quase na hora, e Rose bastante desconfortável com o barrigão.

E voltamos na Faustina, que se comportou melhor na volta, satisfeitos com a proeza de deixar os dois casados. Felicidades aos dois, eles merecem ! São amigos de primeira.

Até a próxima,

17/04/2008

          Walter Júnior - B. Hte. -

waltergjunior@uai.com.br  

walter.junior@ig.com.br

 

 


Outra saída registrada. Esta foi mais para mostrar o barrigão da Rose.
Irão notar a falta do Chico, que ficou em casa. Nesta hora já tinha conversado
com ele e dito que não iria. Estava embaixo do Edwaldo, triste, na sua caminha !


Já no Japão, digo, na Casa do Geraldinho em Carmópolis de Minas, que está desabitada.
O Wetto, passado das idéias, só deixou a chave da garagem. Ficamos sem lugar para preparar para o casório.
Sorte que uma prima dele mora em frente, e numa cidade como Carmópolis de Minas não nos apertamos com isso.
Vale a observação da foto com a Faustina na garagem. Cidade boa é assim ! Sempre dá para ver pasto, de onde estiver.



Nunca tinha presenciado a arrumação de uma noiva. Ai deu para ver como se faz a melhoria
da baranga para casar. Ai embaixo, o registro do início da propaganda enganosa. Caso de Procon.




Não consegui achar latas durante a semana. Mas para que a preocupação ?!
 O Felipe, primo do Wetto, tinha gastado toda a tarde anterior com essa tarefa.



Buscando a Janaína no Instituto de Beleza da Pitucha. Acho que não vai precisar de Procon. Ficou linda !





Chegamos à Igreja. Hora exata !


Casamento bacana, diferente do costumeiro. Os noivos ficam de frente à todos.
A cidade também inspira tranqüilidade. Nada de pressa.

Maior barato os cumprimentos na porta da Igreja Matriz.
Todos fazem questão de cumprimentar, abençoar, festejar..., os noivos ali mesmo.




Casados ! Muito ansiosos eles, casando com um namoro tão recente. Namoraram muito pouco, nem 15 anos.




A chegada dos noivos à festa.


Tradição mantida. Joga-se o bouquet, e valsa-se depois.


O Tody, o Paulo Porto, o Wetto e eu, nessas duas fotos.
O espanto maior foi o Paulo ser convidado e comparecer. Ele nunca vai às festas que é chamado !

Nós e os noivos, ainda com trajes de casamento, em foto descontraída no início da festa...


.. e nessas mais descontraídas ainda, mais para o meio da festa, quando já estavamos nos preparando para a volta.
É que nessas alturas somente eu, Rose, e D.Leila estávamos sóbrios. Mas D.Leila já tinha começado a beber !
 


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