Três Marias
Gente !... Sempre gostei de exagero. Quanto melhor, melhor. E bateria de carro sempre esteve nessa lista. Num me arrependo mais em gastar mais com esse ítem. Baterias que normalmente dizem durar um, dois anos, comigo nunca dão menos de 3 anos. 5 anos na média, prá ser mais certo. A bateria do Edwaldo está com 8 anos de serviço, completos no mes passado. E o carro num roda direito. Se rodasse, garantia que ela chegaria aos 10 anos facinho.
E a bateria da Faustina !? Essa me fez orgulho, não me deixou na mão. É que cheguei agora à tarde de viagem. Fomos à represa de Três Marias, em São José do Buriti, distrito de Felixlandia, nesse feriado de 02 de novembro. Fomos a tripulação completa, nós cinco, e o Compadre Wetto, com a Comadre Janaína, vinham logo atras.
Num é que na ida, na sexta, lá perto de Paraopeba, sentimos um cheirinho ruim, e na hora que olhei no retrovisor prá ver qualquer coisa, ví só uma fumaceira seguindo a Faustina. Parei e vi uma boa parte do chicote elétrico queimado. Lá na frente, perto do alternador. Tudo torrado. Na verdade quem queimou foi o fio que sai do alternador e recarrega a bateria. Só que esse fio passa dentro do chicote, e sapecou ele todo. Meu recurso ? Desliguei tudo do chicote, o que desligava o carro todo. Farol, seta, freio, limpador de parabrisa, tudo sem energia. Cortei um pedaço de fio, fiz uma ligação direta e fui embora. Achei um posto, onde me indicaram um eletrecista dentro de Paraopeba. Fui lá, e o cara arrumou o chicote em umas duas horas e meia. Perguntei o porque daquela queima, ele não soube responder. Testou a tensão do alternador, e disse que estava tudo bem. Tentei olhar o multímetro na mão dele, e ví ele ocilando, e depois parou em 13,5 v. Achei pouco e falei com o eletrecista, que disse estar bom. Confiei e fui embora. A Rose comentou que num estava sanada a causa, só a consequencia. Concordei, torcendo prá ficar só nisso mesmo. Que nada... Depois do trevo de Pompeu torrou tudo de novo. Liguei para o eletrecista contando o caso, e pedindo a confirmação da leitura do alternador. Tornou a dizer que estava tudo certinho. Desliguei tudo de novo, e toquei para o destino. A bateria só alimentava o motor, de resto, tudo desligado. Mas chegamos. E voltamos. Isso ! Decidi não mexer mais no chicote sem saber o porque da quima do cabo. Um cabo de 6 mm2 num torra do nada, que nem um fuzivelzinho de 2 A, né ? A duvida é o regulador de tensão que sambou, ou o alternador aterrando. Mais certo o alternador aterrando, pois quem tem poder prá queimar aquilo em um carro daquela forma, é só a bateria mesmo. Sei que já num gostava, mas pilha, num coloco nos carros não. Bateria coloco é a maior que couber. Essa da Faustina, por ser grande, nos trouxe de volta, e sem reclamação.
Pena a Nicanora, minha hérnia de disco, não me permitir aproveitar como antes. Fiquei preocupado com a viagem de volta também. Dois meninos pequenos, a Rose e o Chico. Todos sob minha responsabilidade. A Faustina com a elétrica desligada, e a chuva vindo sempre. Limpador nem pensar !... Tinham 8 meses que não chovia lá, mas foi a gente chegar, a chuva caiu. A Rose é quem brinca sempre, que a gente chega em qualquer comércio e enche, e que devíamos até receber uma comissão por isso. Foi assim também nessa viagem. No Toninho eletrecista em Paraopeba e num botequinho onde fomos fazer um lanche aconteceu o mesmo, confirmando a sina. Também no supermercado em São José do Buriti. Já se nos comissionarem pela chuva, ai sim, dá prá forgá facinho.
O saldo foi positivo. Sempre é, em uma viagem com a Rural. Ficamos num lugar ótimo, de natureza exuberante, simples, bem ao nosso estilo. Passarinhos tinham de todo tipo. Cardeais, sabiás, passáros-preto, bem-te-vi, maritacas, coruja e curiango piando à noite. Dividimos nosso tempo com amigos sinceros, o Ewerton e a Janaína. E arrumamos mais retratos prá guardar, e histórias prá contar.
Um abraço,
Até a próxima,
13/11/2012
Walter Júnior - B. Hte. -
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